quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Algo doce, puro e bom




Quem já leu "O Pequeno Príncipe", sabe. O livro conta a história de uma criança incrível, pura e amorosa, aborda valores, como a importância da amizade. Um livro assim não poderia ter um adulto como principal. Não quero dizer que todos eles são ruins ou algo do tipo, mas as crianças, elas entendem mais do mundo que as cerca do que qualquer adulto, e mais; sabem como lidar com ele de uma maneira singular. Porque as crianças são lindas por dentro e por fora, não finjem ser aquilo que não são, nem finjem amar, quando não amam. São sensíveis, percebem tudo, inclusive o que sentimos, por mais que tentemos esconder. Há adultos que se mantém assim, verdadeiros. Esses não deixaram morrer a criança interior. Se tornar adulto não deveria ser apenas amadurecer, mas sim tornar-se ainda mais criança, tanto quanto fosse possível. A infância é o lugar onde todo adulto deveria chegar (não me lembro agora que disse isso, mas não é meu), essa é a verdade. Não é a toa que Jesus disse: "Deixai vir a mim as criancinhas". E o mundo deveria ser assim como a tão famosa "Terra do Nunca", onde ninguém nunca cresce e, ainda assim, existe muita alegria. Mas o "Capitão Gancho" existe (não o literal, é claro) e não permite que todos permaneçam crianças. Quem seria ele? Os sentimentos ruins... Ganância, materialismo, egoísmo. Além disso, as maldades do mundo. Arrancam à força a nossa infância e nos tornam adultos, sem permissão. Adultos esses, muitas vezes incapazes de compreender uma criança. É verdade, é muito triste, contudo, você deve estar pensando: "Como é possível um adulto deixar de entender alguém que é como ele já foi uma dia?" Mas não é tão difícil entender: "Todas as pessoas grandes foram um dia crianças (Mas poucas se lembram disso)" escreveu Antoine Exupéry. Então, só resta-nos uma coisa a fazer: Mantenhamo-nos crianças para sempre (ainda que isso exija esforços, é totalmente possível), mesmo quando adultos, porque só assim representaremos algo doce, puro e bom.

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