domingo, 11 de abril de 2010

Cotidianamente


Às 5:30 toca o despertador. Notavelmente desejando permanecer na cama por mais algumas horas, levanto. O rosto que me olha através do espelho parece um pouco confuso, ainda é cedo. Cada um com seus compromissos e responsabilidades, eu não sou a única a estar levantando. Trabalho, escola, faculdade. Não há lugar para onde fugir, é a rotina. Arrumar-se, dar um "bom dia" ansioso para que o dia seja mesmo bom, agradecer por ter o privilégio de poder acordar e ver o sol que esquenta a manhã fria invadindo a casa - e, se for a chuva, que ela lave e leve embora tudo que não nos serve mais - ver quem eu amo sorrindo e, à minha espera, está um dia inteiro. Sair e encarar o mundo lá fora. As coisas positivas, as negativas, as cobranças, a correria... As expressões felizes de quem gosta de mim, as expressões um tanto indecifráveis de quem eu não conheço, ou não me conhece. Observar todos que me cercam discutindo as notícias que estão na primeira página do jornal, perseguindo o tempo - como se implorassem para que ele se estendesse -, acelerando o passo, tomando fôlego. É preciso respirar fundo e espantar o cansaço, a vontade de fechar os olhos e voltar a sonhar. Ganhar motivação, dar um impulso... E ir tocando o barco, SORRINDO. Estamos vivos, afinal.

2 comentários:

Jamille Almeida disse...

Você consegue transpor em palavras todos os nossos sentidos. É de emocionar.

Laura disse...

Amei gabinha!V´c eh demais!

Laura