terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Vede! Não é Nada Mais Que a Liberdade...


Apresentei a liberdade publicamente
A todos os que não a possuíam em mãos,
Tampouco a viviam em seu sentido pleno...
No âmago do poder de simplesmente SER.

Deixei tudo muito claro em papéis saturados de poesia.
Contudo, parecia-me que estava falando em códigos,
Quando, ao levantar os olhos, notei as incompreensões
Estampadas nos rostos...

Liberdade! - noticiei,
Mas poucos a reconheceram.
Liberdade de ter, de crescer, de viver...
Liberdade de amar.
Persisti em falar-lhes...

Não obstante, parecia tolice
Anunciar a sensação de ser livre,
Pareciam ouvir numa língua ininteligível...
Restava-me continuar com os meus poemas,
Que a maioria não era capaz de escutar.

Arrisquei falar ao amor...
E o fiz imaginar uma entrega total.
Cheguei ao ponto de consolar um menestrel
E tentar amenizar sua pungente dor...
(Ah! Mas como era lindo vê-lo entregar-se às suas canções!)
Assim, ando livre, mesmo carregando inúmeros versos nas costas.

Entretanto, alguns não percebem o sentido
Dessas linhas modestas, que rendem-se humildes...
Não podes ver? Não podes sentir?
Espantaram a liberdade e entregaram-se aos grilhões
De sociedades escravizadas, monopolizadas.

Oh, lamento tanto por todos vós!
Lamento e jamais desistirei de anunciar:
Vede! É a liberdade que eu estou expondo aqui,
A fim de que ela prossiga alçando voos, apenas assim...

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