quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Do Porvir

Imagem: Claude Monet, "Bain à la Grenouillère", 1869

Deixa-me verdejar o êxtase,
Tornar o oceano calmo de azul celeste
Em verde inconteste e inconstante.
Distorcendo a monocromia dinâmica
De terra e céus.

Que a nós seja permitido transpirar o ânimo
De poder vislumbrar
Cada inspiração vir alegremente alada
A rodear-nos.

Atingir o cume dos sentidos;
Amplitude de entrega;
Ápice de auto-reconhecimento,
Que espelho nenhum traduz ou concebe.

Desistência da busca insaciável por uma rota.
Inelutáveis mania e ensejo
De querer ser mais transcendência,
Aplacando o solo, obstinadamente.

Nenhum comentário: