Imagem: Vladimir Kush, "Metaphorical Journey".
Ato-me ao imponderável do sonho
-trêmula entorpecência-.
Não nos cabe definir as cenas e decorrências
De um clímax utópico qualquer.
Leva-me embora, moço
Ajuda-me!
Derruba os cenários daqui...
O anseio que temos
É por um novelo de ideias
Que se desdobram à revelia do nosso contexto.
Estende uma mão a me socorrer,
Há tanto que devo pôr em ordem.
Cada móvel em seu preferível lugar,
Toda intenção em seu instante exato,
Meus objetos e livros andam tão espalhados...
As divagações da mente
Não obedecem ao tempo-espaço.
Estou agora, aqui;
Na hora, além;
Por vezes, aquém...
Sei lá.
Imagens, cores e moldes que ilustram
Meu sonhar são os paulatinamente construídos
No decorrer dos nossos dias;
No discorrer de nossas não-concisas vaguezas;
Transcorrem tomando forma de devaneio.
E voltam.
Esbaforidos,
A me alertar acerca de minha própria circunstância.
Que - equivocadamente - imaginei já conhecer
E dominar.
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