sábado, 6 de fevereiro de 2010

Casinha (ou: Oficina de Idéias Palpáveis)

Descobri uma casinha simples
Que guarda tudo que há de valioso em mim
Não é adornada de enfeites
Nem possui riquezas materiais
Mas nela vive minha capacidade de alcance

Nessa casinha posso viajar
Visitar campos, florestas e pastos
Mergulhar em profundos oceanos
Notar-me no que faço
Ouço músicas e acompanho-as
És linda, casinha
E fostes feita em mim

Nela trabalho e dou origem
Às belezas que admiro
Os pensamentos tornam-se concretos
Embora não sejam facilmente sentidos

Ponho para fora o conteúdo da casinha
A arte e a poesia que me fazem viajar
O meu eu que vive na casinha
Quer agora deslanchar, desbravar
Ultrapassar, desabrochar

Porque já cresceu e amadureceu
Está pronto para ser livre
Invadir muitos lugares
Se estes forem capazes
De guardar tais tesouros
Tão grandes

Tens dentro de ti uma casinha também?
Simples e rica em beleza como a minha?
Transforme-a, então, em arte
E verás quão bom é poder enxergar
O que só sentem os que permitem-se voar

Um comentário:

Unknown disse...

Adorei... vou transformar a minha casinha!!