
Num prosseguir inconstante e singelo,
Há de se saber das métricas e rimas
Que constroem esse inquietante viver,
Fazendo-o em puro esplendor enquadrar-se!
Ah... Tens muito mais para ver!
Hei de cantar-te e cantar-nos
E declamar e dedilhar...
Desenrolando canções
Outrora escritas!
E poetando-as, poetizando-as,
Em meio a incontáveis idas e vindas,
Curvas e desníveis, devaneios, instantes oníricos;
Habituados à uma entrega que não hesita.
Quero ode à vida e à alegria,
Sabes tu que podes almejar
Tanto quanto disso necessitares...
Suspiros de busca do que se há de alcançar.
E podes ir tecendo o sentimento que queres ver palpável,
Mesmo com as tuas mãos, com algum sentir,
Com tudo que carregas sem traduzir
E mantém-se imerso em venturas!
Não cessam os olhares que pasmam!
Estarrecidos, permanecem frente à face de cada palavra
Que adorna teus versos com latente e contundente poder!
Numa pressa insistente em dizer com beleza
O que se fará força motriz de um coração
Contínuo e suave a palpitar...
Creio infinitamente que nunca basta!
Não há versejar que determine o final,
Nem qualquer poema para encerrar a ânsia
Que emerge tão cheia de imperativos!
E, num instante, presa está à mais irreal realidade.
Aquela que foge dos gêneros, de tuas estruturas,
Que escapa das normas e delineia-se... por si só.
Cantando um universo incontável, indizível.
Concretizando, assim, o que pensavas ser impossível.