quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Carta para a humanidade

Cara Humanidade


Senti-me na obrigação de escrever-lhes esta carta para tirar uma dúvida. Talvez minha pergunta possa chocar-lhes um pouco, mas não faz mal. Vocês realmente acreditam que são felizes vivendo da forma que tem vivido? Acham isso bom e aceitável? Não é. Vocês se matam, se prejudicam, se ignoram... Estão mesmo perdidos. Andam por aí pensando apenas em se dar bem, finjem não perceber o outro. Isso para não citar outras bilhões de coisas que vocês finjem também. Finjem a felicidade, quando, na realidade, é impossível obtê-la sem uma esperança concreta para o futuro. Sinto por isso. Lamento pelo estilo de vida que adotaram e pelos resultados que isso tem trazido e ainda trará. Temos o que existe de mais belo neste mundo, o presente mais valioso que pode ser dado a alguém: a vida. Temos um planeta incrível que nos foi dado para nele vivermos, dele obtermos nosso sustento (não destruí-lo ferozmente), entre outras coisas que foram criadas para alegrar-nos. Pessoas amadas, amor, as cores ao nosso redor, o sabor dos alimentos, a canto dos passáros. Em busca de uma (suposta) felicidade que não entendo - a que faz mal, instantânea, que choca e chama atenção - prejudicam milhares de outras pessoas. É tão mais fácil encontrar a felicidade, por que partem em busca do mais difícil, do que é prejudicial? Infelizmente, por enquanto, os que sabem como viver são prejudicados por vocês, que não fazem bom uso do presente divino que ganharam. Que injusto isso, não? É, mas, como eu disse, é só por enquanto. Porque, lembram-se da esperança concreta para o futuro da qual falei anteriormente? Pois é, esses problemas, ela resolverá.

sábado, 26 de dezembro de 2009





"Confia em Jeová de todo o teu coração"



(Provérbios 3:5)

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Algo doce, puro e bom




Quem já leu "O Pequeno Príncipe", sabe. O livro conta a história de uma criança incrível, pura e amorosa, aborda valores, como a importância da amizade. Um livro assim não poderia ter um adulto como principal. Não quero dizer que todos eles são ruins ou algo do tipo, mas as crianças, elas entendem mais do mundo que as cerca do que qualquer adulto, e mais; sabem como lidar com ele de uma maneira singular. Porque as crianças são lindas por dentro e por fora, não finjem ser aquilo que não são, nem finjem amar, quando não amam. São sensíveis, percebem tudo, inclusive o que sentimos, por mais que tentemos esconder. Há adultos que se mantém assim, verdadeiros. Esses não deixaram morrer a criança interior. Se tornar adulto não deveria ser apenas amadurecer, mas sim tornar-se ainda mais criança, tanto quanto fosse possível. A infância é o lugar onde todo adulto deveria chegar (não me lembro agora que disse isso, mas não é meu), essa é a verdade. Não é a toa que Jesus disse: "Deixai vir a mim as criancinhas". E o mundo deveria ser assim como a tão famosa "Terra do Nunca", onde ninguém nunca cresce e, ainda assim, existe muita alegria. Mas o "Capitão Gancho" existe (não o literal, é claro) e não permite que todos permaneçam crianças. Quem seria ele? Os sentimentos ruins... Ganância, materialismo, egoísmo. Além disso, as maldades do mundo. Arrancam à força a nossa infância e nos tornam adultos, sem permissão. Adultos esses, muitas vezes incapazes de compreender uma criança. É verdade, é muito triste, contudo, você deve estar pensando: "Como é possível um adulto deixar de entender alguém que é como ele já foi uma dia?" Mas não é tão difícil entender: "Todas as pessoas grandes foram um dia crianças (Mas poucas se lembram disso)" escreveu Antoine Exupéry. Então, só resta-nos uma coisa a fazer: Mantenhamo-nos crianças para sempre (ainda que isso exija esforços, é totalmente possível), mesmo quando adultos, porque só assim representaremos algo doce, puro e bom.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Obsolescência programada/percebida



Comprar. É tudo o que a maioria das pessoas no mundo se resumem a fazer. Se, por ventura, não estão comprando, estão trabalhando para comprar mais ou desfilando por aí com suas mais recentes compras. Que doença foi essa que contaminou tanta gente e agora não quer mais largar? Porque nem mesmo sabendo de todos os danos que estamos causando ao nosso planeta não nos controlamos? A resposta é simples: Estamos inseridos numa sociedade doentia, que vive cheia de problemas, mas, ainda assim, coloca em primeiríssimo lugar as suas riquezas, seus bens materiais... Não podemos andar por aí com um celular antigo, afinal, isso seria um problema, não é verdade? NÃO. Não seria nenhum problema, mas os outros não gostariam de nos ver tão "atrasados" assim, porque o que é diferente incomoda muito. Essa é a chamada obsolescência percebida. Em outras palavras, é a pressão que fazem sobre nós para que estejamos sempre atualizados e também, sem que percebamos, alienados. O computador mais novo, a televisão, o celular... Não corresponder a isso - apesar de ser a atitude mais sensata - seria complicado, não porque a televisão do ano passado nos traria incontáveis problemas, mas sim porque a opinião do nosso vizinho traria. Enquanto isso, o planeta continua sendo castigado por essa sociedade de consumo descontrolada. Mas não pára por aí, eu não poderia me esquecer das empresas com seus inúmeros planos (Crescer, faturar, crescer, faturar... O planeta tem problemas? Azar o dele...), eles nos trouxeram mais um problema, a obsolescência programada. Na época em que nossas avós eram mais jovens, provavelmente, os eletrodomésticos comprados pelos pais delas duravam anos a fio. Infelizmente, não é mais assim. Não apenas as embalagens de alimentos, roupas ou copos plásticos são descartáveis, nossos aparelhos também tornaram-se descartáveis. São fabricados para durarem um curto período de tempo e depois... PAM! Quebrou, vamos à loja comprar outro. Nesse ritmo frenético, os recursos naturais da Terra (não renováveis) e, consequêntemente, a nossa sáude vão embora. Desmatamento, poluição, lixo e mais lixo. O que falta é controle na hora das compras, nos gastos, na cabeça dos empresários. Falta atitude de nossa parte para reciclar, para fazer opções por produtos que agridam menos o meio ambiente, para exigir que cuidem bem do lugar onde vivemos. Falta a percepção de que, apesar de necessários, dinheiro e bens materias não são o que mais importa.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Meu Reflexo (Claro e Detalhado)




Olho-me
Através do espelho
Da água cristalina
Da face de alguém

Enxergo ainda mais
Do que pensei que fosse
Enxergo-me a toda hora
Nas reações que provoco
E nas que ainda não provoquei

Sou mais que outro alguém
Sou minhas atitudes
O que deixei de fazer
O que pretendo

Sou o que sinto
O que guardo em mim
O que passo aos outros
O que permito que vejam
E o que não permito também

Estou num processo contínuo de várias coisas ser
Contínuo e ininterrupto
Sou cada vez mais
Até mesmo aquilo de que não tinha conhecimento

Interação?



Algumas pessoas - não sei de onde tiraram essa idéia - excluem as crianças e os idosos. Os adultos, aqueles se sentem o "motor que impulsiona o mundo". Não, não estou inventando coisa nenhuma. Quantas e quantas vezes saí para almoçar num restaurante ou para dar uma volta no shopping e presenciei uma imagem muitíssimo triste? A imagem era assim: Os adultos estão sentados ao redor da mesa, todos conversam sobre o trabalho, sobre o filme, sobre fulano de tal... E lá, quase imperceptível diante de tanto debate, está a criança com seu brinquedinho na mão, mergulhada em seu próprio mundo, ou o idoso, pensando na vida e em como ele chegou alí, numa situação em que suas opiniões passaram a ser dispensáveis. Por que se sentem o centro de tudo esses adultos? Quem os ensinou a ser assim? A criança ama brincar, sim, mas gosta de ser perguntada, questionada, considerada parte importante do grupo. Gosta de conversar, dar risada. Deve ser por isso que sair só com adultos, para muitas crianças, é um programa entediante. Nunca me senti assim. Sou muito grata aos que conviveram comigo durante meus primeiros anos de vida, amavam conversar comigo. Já os idosos... Será que os mais jovens esqueceram-se de sua vasta, gigantesca sabedoria? Tem coisa melhor que sentar-se com alguém de mais idade e ouvir suas histórias e seus conselhos? De fato, é fascinante. Este texto partiu de conversas sobre esse assunto entre minha mãe e eu, quis expor o que penso e fazer-lhes um pedido: Por favor e por amor, lembrem-se de seus filhos ou avós, familiares que estão começando a vida e aqueles que já viveram muito, eles podem mais do que vocês imaginam!

(Des) ilusão


Nos livros, o príncipe encantado vem montado num cavalo branco. Doce, educado, perfeito. E as princesas, por sua vez, estão presas na torre, precisam ser salvas antes que a bruxa má apareça novamente. Na vida real, não é assim. As bruxas podem até estar por aí... Personificadas na maldade do homem, nos fatos que não gostaríamos de ver no mundo. E quanto ao príncipe? Não existe. Não existe príncipe, não existe ninguém perfeito. Existem pessoas que nos atraem, mas que são compostas de qualidades e defeitos, que possuem características tão diferentes de nós e que, por isso, tornam necesária uma adaptação, um respeito ao que não é igual. Assim é a vida, totalmente diferente de um conto de fadas, mas , ainda assim, pode ser - e é - tão linda quanto um. Porque somos humanos, gritamos, cantamos, rimos, choramos, amamos e é isso que nos torna belos, apesar da não-existência de príncipes e princesas, reis e rainhas idealizados. Portanto, celebremos a vida, as pessoas, mais um dia... Afinal, ela é o que possuímos de mais lindo.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Versos Livres


É essa vontade profunda de expressão
Que vem de lugares pouco conhecidos
Lá de onde eu quase não posso tocar
Mudar
Só é possível exteriorizar
Através das palavras

Permitir-me escrever
Ser escrita
Pôr para fora
Dominar as palvras, ou,
Por elas ser dominada
Desejá-las para sempre

A beleza da arte
Que quer ser admirada
Apreciada
Degustada
Como o mais rebuscado vinho

E quando se encontra verdadeiramente
Com a alma do outro
Transforma e é transformada
Editada
A partir da verdade do mesmo

Com isso, torna-se ainda mais bela
Traz idéias, pensamentos
Sinceridade
Delicadeza
Avalia o mundo, a vida
Faz o diagnóstico

E, por fim, deixa marcas
É marcada
Fica no pensamento
Propõe atitudes
Torna-se ainda mais real

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Choque de Realidade



Vivemos numa sociedade que exige cada vez mais de nós. Muitas vezes não notamos, mas estamos constantemente travando uma árdua batalha contra o tempo. É justificável, afinal, quem não tem suas contas para pagar, seus filhos para educar, seu trabalho para dar conta? Acontece que, não raro, acrescentamos mais alguns itens à nossa listinha de compromissos. É preciso trabalhar mais pra comprar o carro do ano, a roupa de marca, o sapato novo. Jogamos tempo fora correndo atrás do que é dispensável, trivial. As pessoas em geral querem isso de nós e, se não seguirmos esses padrões, seremos brutalmente excluídos. Pois eu digo que o que falta para todos é um belo choque de realidade. Passamos pelas ruas - rápidos, como sempre - e deixamos de notar aqueles que estão bem distantes das lojas de grife e das roupas de marca... Pior, aqueles que estão longe do prato de comida necessário à sobrevivência. Se soubéssemos dar valor ao que realmente importa, deixaríamos de lado o que toma nosso tempo e não faz muito sentido, pararíamos de correr atrás do tão famoso status - quem é seu amigo pelas coisas que você possui, de fato, não é seu amigo - e passaríamos a nos dedicar a quem nos ama. Família, amigos legítimos... Esses sim, estariam ao nosso lado mesmo se fôssemos aquele pedinte que, por causa de nossa pressa, não vimos na rua.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Diversas Possibilidades

Fico encantada com as inúmeras possibilidades oferecidas pela internet. É realmente um excelente resultado do avanço tecnológico do homem, resultado de sua gigantesca capacidade. Infelizmente, como nada é perfeito, assusto-me frequentemente com a quantidade de futilidades que também estão disponíveis na rede. Para se adaptar a todos, a internet deve ser uma grande fonte de pesquisa, de conhecimento, mas, também, uma cesta de lixo. E, infelizmente, não faltam usuários que adoram ser platéia desse tipo de coisa. Cada um é responsável pelo que permite entrar em sua casa, mas, ainda assim, essa realidade me preocupa. Sim, porque todo esse conteúdo negativo que está disponível para qualquer um e que tem ibope influencia a nossa sociedade. É incômodo pensar dessa maneira, mas é a realidade. Crianças vêem vídeos inadequados - violência, violência... - sem a supervisão de seus pais, familiares. E crescem assim, imitando o exemplo que é dado pela internet. Os adultos não fogem a essa realidade, muitos se interessam por esse tipo de conteúdo e, querendo ou não, estando cientes disso ou não, são influenciados também. E aí? Qual é problema disso? O maior problema é nosso. Nós que tentamos ser seletivos, quando agir assim, muitas vezes, é desafiador, num mundo onde as informações, vídeos, músicas chegam voando em todos lugares. O problema é dos pais que têm o controle sobre todo o conteúdo visto por seus filhos, mas que, ao enviá-los para a escola sabem que, lá, podem aprender com os colegas tudo aquilo que é controlado em casa e que, obviamente, não presta. Em outras palavras, quem sai perdendo somos nós que aprendemos a tomar cuidado com a internet e a usá-la de forma edificante.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Como Formar?

É engraçada a forma como agem muitas escolas e pais. "Vamos aprender isso tudo aí, se você quiser ser alguém na vida!" Depois, mandam seus filhos ou alunos fazerem tarefas e mais tarefas, milhões de fórmulas para decorar. Em busca de quê, exatamente, esses estudantes estão? Ser alguém na vida não se limita a absorver conteúdos. Envolve saber lidar com os outros, ser ético nas relações, crítico na atual sociedade, atuante como cidadão. E como formar pessoas assim? Incentivar o estudo é de grande relevância, é o que trará oportunidades e abrirá portas no futuro. Entretanto, é mais importante investir na pessoa em sua condição de ser humano, levando em conta suas emoções, trabalhando valores. É preciso perguntar-se: "O que quero para meu filho? Quais os valores que tento transmitir-lhe?" Os pais não tem pensado muito nisso, se tem, não dedicam tempo suficiente a esses questionamentos. Estão muito preocupados, afinal, o vestibular vem aí. Ou, talvez, estejam com medo de pensar. Quem pensa chega a conclusões e, algumas delas, podem assustar. Então, talvez eles consigam, formarão médicos, advogados. "Que maravilha! Nossos jovens estão crescendo, conquistando seu espaço!" Resta-nos saber se formarão pessoas sensíveis e preocupadas com o que acontece no mundo. Percebo nas atitudes de muitos que encontro - nas ruas, no colégio - que suas famílias, com certeza, dedicaram mais tempo a formação acadêmica, importarm-se apenas com isso. Acabaram esquecendo-se de ajudar esses jovens a tornarem-se alguém na vida. Tenho certeza; enquanto tivermos apenas profissionais, e não seres humanos, ficaremos estagnados.

Caminhada


Por Jamille Almeida




"Fazia calor, era verão. Como sempre caminhar ao seu lado é e sempre será muito inspirador, te carregar então, uma festa! Dois aninhos de vida e já tão cúmplice. Te carregava no colo, sentia teu cheiro e teu amor, amor incondicional. Reclamei do cansaço da luta diária, foi então que subitamente reagiu trazendo uma solução sustentada neste amor eterno: Mãe, me coloca no chão... "





Ser Criança

Dia desses, enquanto lia uma dessas revistas semanais, deparei-me com algo que chamou a minha atenção, era um texto da escritora Lya Luft que dizia assim: "Preconceito é uma doença. Não do corpo, mas da alma. As pessoas com essa doença pensam tudo torto, enxergam tudo errado". O trecho faz parte de um livro que ela escreveu para crianças e que trata de assuntos sérios como esse. Achei interessante a idéia, gosto de quem se comunica com as crianças tendo em mente que tão espertas quanto nós, os "crescidos". Preconceito é coisa séria, é ignorância, é destrutivo e não podemos permitir que exista. Sendo assim, vamos criar nossas crianças inculcando-lhes valores e princípios que, no futuro, serão fatais contra esse problema. Crianças são extremamente inteligentes e criá-las acaba sendo uma tarefa gratificante, mas delicada, afinal, elas observam e agem da forma como vêem seus parentes e amigos próximos agirem e, a educação que recebem hoje, formará o cidadão do futuro, a sociedade do futuro. A infância é a base de toda vida e precisa ser bem construída, levada a sério. Portanto, tomemos mais cuidado com forma como agimos diante dos pequeninos, brincadeiras impensadas, musiquinhas impensadas, entre outras coisas podem desconstruir uma infância. Se pararmos para prestar atenção, veremos que toda criança que age mal ou exprime qualquer tipo de preconceito aprendeu imitando alguém. Elas não nascem com conceitos pré-estabelecidos a respeito de alguém mais pobre, que possua necessidades especiais ou com uma cor de pele diferente. Sempre que penso nisso concordo com Adélia Prado, quando ela diz que "as crianças guardadas guardam o homem". Não gurdam apenas o homem, gurdam toda uma sociedade da ignorância e do preconceito que nos torna tão incompletos e deficientes. Ainda sou muito jovem, não tenho filhos, mas, assim como as crianças, aprendi a observar bem o mundo que me cerca, a diferença é que aprendi a distinguir o que é certo e o que é errado e devo isso aos meus pais, que agiram de forma consciente e amorosa durante a minha infância. Criar filhos de forma consciente é preocupar-se com uma sociedade melhor e mais justa e é também preocupar-se em formar pessoas bem preparadas para enfrentar a vida. Ultimamente, estive observando as atitudes de um primo meu, que tem apenas três anos de vida, mas já dá lição de moral em muita gente grande. Convidei-o para apostar uma corrida: "Vamos! Quem chegar primeiro é o vencedor!" A resposta dele me deixou perplexa: "Me dê a sua mão para ganharmos juntos!" Prestando atenção em meus tios, percebi porque meu primo agiu de forma tão especial e nada convencional; eles se preocupam em mostrar-lhe o mundo considerando-o como alguém inteligente e não como um bebê incapaz de entender o que acontece ao seu redor. Além disso, insistem em uma criação repleta de valores, de educação e sem sinais de preconceito. Como eu já disse, ainda sou nova para ter filhos, mas, quando chegar a hora, quero estar preparada para criá-los assim, sem preconceitos, ensinando-lhes a considerar todos como iguais e a se importar e se preocupar com o príximo, sempre. Termino este texto reiterando as palavras de Rubem Alves que, sabiamente, disse: "As crianças são sonhos... Pois não é verdade que algo se perdeu quando deixamos de ser crianças?" Sim, é a mais pura verdade!

A doença do Esquecimento

Confesso que acho terrível o comportamento de alguns brasileiros que costumam falar mal do país onde vivem, minimizam as qualidades do nosso Brasil, menosprezam o povo. Temos que valorizar nosso país, que é de uma beleza raríssima e pertence a um povo único. Entretanto, devo ser sincera, verdadeira. Se tem uma doença que precisa ser remediada o mais rapidamente possível é o esquecimento. Brasileiro se acostumou a esquecer rápido. Esquecemos acontecimentos relevantes, que envolvem todos nós, direta ou indiretamente. Copa do Mundo e Olímpiadas de 2016 funcionam perfeitamente bem para nos dispersar dos problemas que, vale ressaltar, não são poucos. Isso sem falar de outras ferramentas que favorecem os espertalhões que enchem os bolsos às nossas custas. Infelizmente, esse tem sido o cenário no Brasil. Teve escândalo? Bota uma campanha correndo pra desviar a atenção desse povo! A mídia, encarregada de nos transmitir as informações, de nos prestar contas, pega no pé, fala em demasia sobre determinado assunto e, depois de um tempo, adivinha? Esquece-se também. Mas, como generalizar nunca é uma atitude acertada, vale lembrar daqueles que não esquecem de forma nenhuma. São eles os que tiveram seus parentes como vítimas da violência, de um assalto (consequência de nossa sociedade desigual), ou os que foram lesados pelos inúmeros corruptos espalhados por aí. Isso me faz lembrar de uma outra doença que incomoda, conhecida por "Não é comigo, tô nem aí". O descaso. Se fôssemos mais determinados, se nos importássemos mais com o que acontece ao outro, tentaríamos agir de uma forma que contribuísse para a convivência, combateríamos a doença do esquecimento e transformaríamos o país.