segunda-feira, 5 de julho de 2010

A Construção Social da Juventude

Trabalho de Sociologia do Colégio Cândido Portinari (2010)

Ser jovem é sinônimo de carregar um desejo pulsante de transformação, tanto no plano particular, quanto na coletividade. Os jovens vivem, há muitos anos, numa constante busca pelo novo e por ideais. Ter liberdade, vencer limites, transpor barreiras, exigir direitos; tudo isso se encaixa na definição do que é juventude.

Lembremo-nos, para exemplificar, do contexto do Regime Militar, iniciado em 1964. Quer tenhamos vivido essa fase, quer não, com certeza, estamos cientes dos exemplos de coragem e determinação demonstrados pelos jovens estudantes da época, que marcharam em protestos pelas ruas, deixando claras a insatisfação e a revolta que os moviam. E quem se atreveria a dizer que aqueles manifestos não foram relevantes? Era a voz do Brasil, que teimava em falar, enquanto os militares exigiam uma sociedade muda! Era, de fato, a juventude mostrando que tinha força e poder.

Hoje, não é diferente. Há que se reconhcer a existência de moças e rapazes omissos. Não apenas na realidade brasileira ou mundial, mas até mesmo em suas próprias vidas. Vivem demasiado ocupados com o trivial, enquanto a vida real, por assim dizer, se desdobra em múltiplos acontecimentos notáveis. Entretanto, os jovens de "pulso firme" permanecem mostrando-se presentes, questionando, defendendo, opinando, enfim, tentando alterar o que não lhes parece bem e manter o que tem sido positivo e proveitoso. Sempre inovando em sons, vocabulários ou vestimentas, a juventude sabe se expressar e se fazer ouvir.

O que é necessário para que a sociedade tente dar seus passos à frente? Pessoas conscientes, críticas, não acomodadas, tais como nossos jovens de ontem e de hoje. Cidadãos que busquem, acima de tudo, agir e sentir como seres humanos. São necessárias pessoas que carreguem com esses jovens o que já dizia o escritor José Saramago: "a responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam".

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